Nossa edição especial do Acontece conseguiu esgotar seus exemplares em, praticamente, uma manhã. Isso é resultado do trabalho empenhado e da seriedade com que cada um de nossos colegas jornalistas desempenharam suas funções.
Gostaríamos de parabenizar e agradecer a todos os estudantes do 2º semestre das turmas D e J de jornalismo do Mackenzie. Trabalhamos em conjunto durante todo o processo de produção, desde o momento da coleta dos dados na pesquisa eleitoral até a edição das matérias. Tivemos algumas falhas e desentendimentos, pelos quais pedimos as nossas sinceras desculpas; esperamos que os erros possam ser reparados e que as discussões só venham a acrescentar na realização das próximas edições.
Infelizmente, nem todas as matérias puderam entrar na edição impressa desse jornal, por isso, disponibilizamos neste espaço mais alguns assuntos que tratam da temática eleitoral, para a sua informação e conhecimento. Você poderá interagir com a notícia publicada aqui, deixando seu comentário em cada um dos tópicos listados.
O processo eleitoral é de sua responsabilidade, sendo assim, é de extrema importância que você esteja bem informado e que se preocupe com os movimentos políticos que ocorrem na sua cidade, estado e país. Caso isso não se modifique, cada dia mais expressões bizarras como, “mensalão” e “sanguessugas” aparecerão nos jornais e continuarão a envergonhar aqueles que ainda não se cansaram de falar de política e se importar com ela.
Friday, September 29, 2006
Wednesday, September 27, 2006
Repórteres do Acontece foram ao show de Chico Buarque e falam sobre a apresentação
Show do Chico Buarque, no Tom Brasil em São Paulo, gera opiniões contrastantes entre repórteres do Acontece. Leia os dois lados da história:
Por Ana Ignácio
Ele voltou a cantar!
Depois de anos de espera os fãs podem conferir Chico Buarque nos palcos do Tom Brasil, em São Paulo. Acompanhado de uma banda composta por ótimos músicos, Chico apresentou composições de seu novo CD, “Carioca”, e relembrou canções já consagradas e conhecidas pelo público. E que público! Jovens, velhos, famílias inteiras, homens, mulheres, “peruas” e “bichos grilos” compunham as mesas do teatro e todos acompanharam e cantaram as músicas novas.
A platéia estava em êxtase simplesmente com a presença de Chico Buarque. Em meio a muitos gritos (femininos e masculinos) “Chico, manda um beijo para mim”; “Chico, você é tudo!”, a timidez do autor pôde ser conferida.
Realmente sua importância para os fãs, para a música e para a história brasileira ficou muito nítida e foi reforçada com a reação do público quando as “antigas” foram interpretadas. A platéia, encantada, acompanhava Chico em um grande coro: Morena de angola; Quem te viu, quem te vê; Sem compromisso; Eu te amo; Bye bye Brasil; João e Maria.
Claro que muitas canções ficaram de fora da apresentação. Creio que todos tinham uma listinha pessoal das músicas que gostariam de ouvir. Mas apesar disso, ninguém se importou muito. O que estava realmente em questão era poder ver Chico Buarque de Holanda. Fazer parte desse momento, e de repente perceber: não é que ele existe mesmo?! Porém, um único problema: quando será que ele voltará a cantar? Na lembrança e nos rádios dos fãs, certamente todos os dias, por tempo indeterminado.
Por Pedro Sorrentino
Virou vinagre
Sua família está reunida e todos esperam loucamente provar o vinho daquela safra especial que foi guardada para o natal deste ano. Depois que aquele seu tio, o palhaço da família metido a besta, fez questão de abrir a garrafa, todos fazem cara de desanimados. O vinho virou vinagre. É estragou com o tempo. Com Chico Buarque foi a mesma coisa.
A importância da figura de Chico para história do Brasil é imensurável, pois sua música foi capaz de instigar mentes de diversas gerações – de quem passou pela ditadura e viveu a censura até os filhos dos censurados. Toda a mescla de gerações tem se reunido no Tom Brasil em São Paulo, para ver o semi-deus-galã-das-menininhas-sapecas. A maioria do público estava lá para venerar “a lenda” ao vivo, que infelizmente se mostrou apática e sem alma. Alguns dizem que é só a timidez natural dele, que Chico não serve para o show ao vivo. É seco mesmo.
O palco estava incrivelmente bem montado, a iluminação era genial, simples e tocante com as cores variando conforme a música. A banda de apoio é excelente e dotada de algo que faltou ao mestre Francisco: feeling. Ou melhor, a malandragem carioca, o rebolado do quadril ao som da cuíca e do pandeiro ao melhor estilo Bezerra da Silva. Talvez não tenham dado corda suficiente no boneco duro que parecia estar no palco, que após um setlist longo e novo (leia-se sonolento), resolveu nos presentear com clássicos ao final do show. Tivemos então um segundo momento incrível,(o primeiro foi quando ele disse “boa noite São Paulo”, e as mulheres foram a loucura).Com os clássicos, as luzes ficaram mais claras, todos levantaram e cantaram juntos foi demais a união de vozes que formava o coro: “hoje o samba saiu...procurando você”.Mas saí do Tom Brasil procurando na minha mente o porquê de não ter gostado de alguém tão genial.
Por Ana Ignácio
Ele voltou a cantar!
Depois de anos de espera os fãs podem conferir Chico Buarque nos palcos do Tom Brasil, em São Paulo. Acompanhado de uma banda composta por ótimos músicos, Chico apresentou composições de seu novo CD, “Carioca”, e relembrou canções já consagradas e conhecidas pelo público. E que público! Jovens, velhos, famílias inteiras, homens, mulheres, “peruas” e “bichos grilos” compunham as mesas do teatro e todos acompanharam e cantaram as músicas novas.
A platéia estava em êxtase simplesmente com a presença de Chico Buarque. Em meio a muitos gritos (femininos e masculinos) “Chico, manda um beijo para mim”; “Chico, você é tudo!”, a timidez do autor pôde ser conferida.
Realmente sua importância para os fãs, para a música e para a história brasileira ficou muito nítida e foi reforçada com a reação do público quando as “antigas” foram interpretadas. A platéia, encantada, acompanhava Chico em um grande coro: Morena de angola; Quem te viu, quem te vê; Sem compromisso; Eu te amo; Bye bye Brasil; João e Maria.
Claro que muitas canções ficaram de fora da apresentação. Creio que todos tinham uma listinha pessoal das músicas que gostariam de ouvir. Mas apesar disso, ninguém se importou muito. O que estava realmente em questão era poder ver Chico Buarque de Holanda. Fazer parte desse momento, e de repente perceber: não é que ele existe mesmo?! Porém, um único problema: quando será que ele voltará a cantar? Na lembrança e nos rádios dos fãs, certamente todos os dias, por tempo indeterminado.
Por Pedro Sorrentino
Virou vinagre
Sua família está reunida e todos esperam loucamente provar o vinho daquela safra especial que foi guardada para o natal deste ano. Depois que aquele seu tio, o palhaço da família metido a besta, fez questão de abrir a garrafa, todos fazem cara de desanimados. O vinho virou vinagre. É estragou com o tempo. Com Chico Buarque foi a mesma coisa.
A importância da figura de Chico para história do Brasil é imensurável, pois sua música foi capaz de instigar mentes de diversas gerações – de quem passou pela ditadura e viveu a censura até os filhos dos censurados. Toda a mescla de gerações tem se reunido no Tom Brasil em São Paulo, para ver o semi-deus-galã-das-menininhas-sapecas. A maioria do público estava lá para venerar “a lenda” ao vivo, que infelizmente se mostrou apática e sem alma. Alguns dizem que é só a timidez natural dele, que Chico não serve para o show ao vivo. É seco mesmo.
O palco estava incrivelmente bem montado, a iluminação era genial, simples e tocante com as cores variando conforme a música. A banda de apoio é excelente e dotada de algo que faltou ao mestre Francisco: feeling. Ou melhor, a malandragem carioca, o rebolado do quadril ao som da cuíca e do pandeiro ao melhor estilo Bezerra da Silva. Talvez não tenham dado corda suficiente no boneco duro que parecia estar no palco, que após um setlist longo e novo (leia-se sonolento), resolveu nos presentear com clássicos ao final do show. Tivemos então um segundo momento incrível,(o primeiro foi quando ele disse “boa noite São Paulo”, e as mulheres foram a loucura).Com os clássicos, as luzes ficaram mais claras, todos levantaram e cantaram juntos foi demais a união de vozes que formava o coro: “hoje o samba saiu...procurando você”.Mas saí do Tom Brasil procurando na minha mente o porquê de não ter gostado de alguém tão genial.
Tuesday, September 26, 2006
Deputados acusados de participar do mensalão e das sanguessugas tentam reeleição
por Joyce Mackay
Em 2005 o Brasil passou por uma grande crise política, na qual deputados federais aceitavam propina em troca de seus votos. O esquema supostamente montado por José Dirceu com colaboração do publicitário Marcos Valério e do ex- tesoureiro do PT Delúbio Soares, rendeu um bom dinheiro ao parlamentares, dinheiro este do contribuinte.
Entretanto a fama de esquecido do brasileiro se perpetua no setor político, boa parte destes deputados acusados de corrupção estão se candidatando novamente em 2006. Abra o olho, não se engane mais uma vez.
VEJA OS DEPUTADOS FEDERAIS ACUSADOS DE ENVOLVIMENTOS EM ESQUEMAS DE CORRUPÇÃO
José Mentor(pt/sp -1332): Recebeu R$120.000,00. Como relator da CPI do Banestado, excluiu o Banco Rural do relatório final.
João Paulo Cunha (pt/sp-1325): Recebeu R$50.000,00 da conta caixa 2 de Marcos Valério. Mentiu ao se explicar.
Professor Luizinho (pt/sp-1354): Mandou um laranja sacar R$20.000,00 da conta de Marcos Valério. Diz não saber de nada.
Vadão Gomes (pp/sp-1099):Recebeu R$3,7 Milhões, acusado por Marcos Valério e Delúbio Soares.
Valdemar da Costa Neto(pl/sp- 2299):Confessou receber R$10 milhões do esquema montado pelo ex-tesoureiro Delúbio Soares e pelo publicitário Marcos Valério.RENUNCIOU em 2005.
Saiba mais nos sites :www.votoconsciente.org.br, www.contasabertas.org.br e www.transparênciabrasil.org.br
Em 2005 o Brasil passou por uma grande crise política, na qual deputados federais aceitavam propina em troca de seus votos. O esquema supostamente montado por José Dirceu com colaboração do publicitário Marcos Valério e do ex- tesoureiro do PT Delúbio Soares, rendeu um bom dinheiro ao parlamentares, dinheiro este do contribuinte.
Entretanto a fama de esquecido do brasileiro se perpetua no setor político, boa parte destes deputados acusados de corrupção estão se candidatando novamente em 2006. Abra o olho, não se engane mais uma vez.
VEJA OS DEPUTADOS FEDERAIS ACUSADOS DE ENVOLVIMENTOS EM ESQUEMAS DE CORRUPÇÃO
José Mentor(pt/sp -1332): Recebeu R$120.000,00. Como relator da CPI do Banestado, excluiu o Banco Rural do relatório final.
João Paulo Cunha (pt/sp-1325): Recebeu R$50.000,00 da conta caixa 2 de Marcos Valério. Mentiu ao se explicar.
Professor Luizinho (pt/sp-1354): Mandou um laranja sacar R$20.000,00 da conta de Marcos Valério. Diz não saber de nada.
Vadão Gomes (pp/sp-1099):Recebeu R$3,7 Milhões, acusado por Marcos Valério e Delúbio Soares.
Valdemar da Costa Neto(pl/sp- 2299):Confessou receber R$10 milhões do esquema montado pelo ex-tesoureiro Delúbio Soares e pelo publicitário Marcos Valério.RENUNCIOU em 2005.
Saiba mais nos sites :www.votoconsciente.org.br, www.contasabertas.org.br e www.transparênciabrasil.org.br
Tuesday, September 19, 2006
A inclusão na prática

Por Ana Ignácio e Nathália Duarte
Uma escola convencional recebeu um aluno autista com 2 anos de idade em 1998. Esse garoto está no mesmo grupo desde os 2 anos de idade. Até a pré-escola a turma era composta por 10 crianças. A partir da 1ª série essa classe aumentou para 25 alunos, o que dificultou a convivência, embora sempre tivesse uma auxiliar que acompanhava o garoto em todas as atividades. Não era fácil para ele ficar dentro de sala já que uma simples mudança de rotina ou o excesso de barulho o incomodava.
Ele começou a escrever no jardim de infância e sempre demonstrou facilidade para memorizar as coisas; desde pequeno era “obcecado” por decorar os países e capitais do mundo. Sabe todas, inclusive reconhece os países pelas bandeiras. Não tem erros ortográficos e conhece regras de pontuação e acentuação. Costumava freqüentar a biblioteca o maior tempo possível enquanto os colegas faziam outras atividades. Fazia uma ou outra lição na sala de aula com a ajuda da auxiliar. Fazia as verificações e avaliações em casa. Todos os professores foram ajudando o garoto a ficar um tempo maior na sala de aula, visto que era comum ele ficar andando pela escola e entrando nas outras salas.
Até o início da 3ª série ele era bastante dependente do adulto. Não abria a mochila, não pegava os materiais etc. Aos poucos foi conseguindo lidar melhor com isso e o seu tempo de permanência na sala de aula foi aumentando. Era difícil ouvir o outro e considerar que todos precisavam de ajuda e não só ele.
Na 4ª série teve avanços significativos. Não saiu mais da sala de aula e Começou a perceber o funcionamento das regras e a querer acompanhar o ritmo dos colegas nos trabalhos. Passou a fazer todas as atividades propostas, inclusive verificações e avaliações. Começou a lanchar no local apropriado e a subir para as aulas antes de todos.
A maior dificuldade encontrada até o ano passado era fazer com que os outros alunos entendessem o porquê dos “privilégios” do aluno inclusivo. Mas as dificuldades são pequenas se comparadas aos avanços. E isso se deu porque a escola investe na inclusão. Todos os professores acompanham o processo e tem um direcionamento frente às atitudes necessárias. Com isso, hoje o aluno está mais independente do adulto, já consegue esperar (não fica gritando e nem batendo a cabeça na parede quando não consegue realizar seus desejos de imediato), consegue interagir com os colegas em algumas atividades, nunca fica fora de sala e quer sempre participar das atividades coletivas, embora ainda seja difícil para ele ter uma opinião própria. Os avanços são significativos, e o retorno tem sido enorme.
Monday, September 18, 2006
Pedagoga esclarece dúvidas sobre a inclusão educacional

Entrevista realizada em 25 de Agosto de 2006 com a Diretora de Educação Infantil do Colégio Presbiteriano Mackenzie, Débora Muniz.
Por Ana Ignácio e Nathália Duarte
Pedagoga
Professora por 21 anos
Hoje, responsável pela área administrativa.
O que seria um aluno especial?
Comumente, aluno especial é aquele que apresenta alguma dificuldade de aprendizagem ou aquele que tem alguma deficiência física que o impeça de ter o mesmo ritmo, facilidade de locomoção, audição, fala que os outros. Eu não gosto do termo crianças especiais porque todas são especiais. Cada uma é individual, singular e cada um é especial... Estas crianças, se por um lado exigem mais atenção e tempo, por outro lado elas têm muito a nos ensinar e a convivência de crianças que não têm esse tipo de dificuldade com crianças que têm é muito enriquecedora para ambas as partes. Aprender a conviver com as diferenças e entender que existem pessoas que às vezes têm dificuldades grandes e que a superam, acaba sendo muito educativo para os outros.
Esta ainda é uma questão vista com muito preconceito?
Eu não diria preconceito. Entre os professores não há, os professoras principalmente os nossos, entendem muito bem isso, trabalham muito bem, pra nós não há absolutamente diferença. Para alguns pais talvez haja medo, medo dessa convivência até pelo próprio cuidado maior que essas crianças requerem em alguns momentos. Preconceito acredito que não haja mais, as pessoas já aprenderam a entender. Pelo menos no nosso meio essa é a realidade. Talvez em comunidades que não tenham ainda passado por esse processo de amadurecimento possa existir. É uma questão de aprender. No começo tudo é mais difícil, o primeiro ano que você tem um aluno com dificuldades dessa natureza, a reação é uma, no seguinte já não há. À medida que o tempo vai passando as pessoas vão entendendo e aceitando e acabam se apegando às crianças. Elas são sempre muito carinhosas. A dificuldade que elas têm por um lado, elas compensam sendo muito afetivas por outro.
Existe alguma preparação especial para os professores que receberão alunos com necessidades especiais em suas turmas?
As coisas quando vão acontecendo, às vezes não nos dão tempo de parar e se preparar, mas nós temos muitos momentos de reunião, encontros onde isso é discutido. Já foi mais conversado quando o processo começou mas ainda hoje nós discutimos muito essas questões, a necessidade de nos adaptarmos e de aprendermos. Há um interesse muito grande das pessoas em aprender a trabalhar, entender qual é a dificuldade e o que fazer pra ajudar então, normalmente, quando nós recebemos uma crianças nova com alguma dificuldade não é precisa falar nada, as pessoas envolvidas no trabalho com aquela criança vão atrás de saber o que é, como tratar, as dificuldades que a criança pode apresentar, de que forma pode-se trabalhar melhor com ela e um já passa pro outro, então há um empenho grande de aprender para poder fazer melhor.
Você considera importante que a esses alunos seja dada uma atenção diferente ou trata-los iguais pode trazer mais benefícios?
Acho que o importante é cada um ser visto como um, agora, as regras e as normas têm que ser as mesmas para todo mundo. Tratar diferente no que diz respeito a regras é excluir então é um processo complicado, você está incluindo ou excluindo? Atender na sua necessidade, por exemplo, a crianças que têm um problema de visão é uma atitude que nós temos e todos entendem que ele não está sendo diferente, que ele está sendo atendido naquilo que ele tem dificuldade, num momento de prova, por exemplo. Assim como um aluno que não tem necessidade nenhuma, mas que quebra o braço, também tem um tratamento especial. Ele também é atendido separadamente por alguém, então eles percebem que a justiça, a forma de tratar é a mesma pra todos, o que muda é o atendimento naquele momento específico para uma dificuldade específica. Mas a regra do jogo é a mesma para todos.
O que você considera que traz mais benefícios para os alunos com necessidades especiais: Colocá-los em escolas especiais ou escolas comuns?
Acredito que o melhor é o que está se tentando fazer. Talvez nós ainda não tenhamos conseguido chegar ao ideal, mas separá-los, excluí-los num gueto deles, eu não vejo como trazer benefícios. Eles serão tratados com maior atenção, serão respeitados naquela dificuldade mas eles não terão a oportunidade do convívio. Agora, entendo que a criança que tenha alguma necessidade especial precisa freqüentar uma escola normal pra ter a convivência, mas ela também precisa, muitas vezes, do acompanhamento de um profissional específico. Não é só pôr na escola, é suprir também a necessidade com o profissional de que ela precisa. A criança precisa das duas coisas: da escola com a convivência e com o conteúdo, e de alguém que o atenda na sua necessidade. Deixar tudo pra escola também é impossível.
Os alunos com necessidades especiais têm possibilidade de se tornarem completamente independentes?
Sim, não vão a vida inteira ficar dependendo de alguém. Acredito que sim, sendo realizado um bom trabalho, a criança vai automaticamente evoluindo e gradativamente superando as suas dificuldades e podendo ter uma vida normal.
Há casos de crianças especiais no Mackenzie?
Temos bastantes. Temos síndrome de Down, deficiente visual, auditivo, paraplégico.
Alguns estão aqui ainda e convivem maravilhosamente com os outros alunos.
Vocês já receberam aqui no colégio algum caso de autismo?
Nós tivemos, sim, uma criança em que havia a suspeita mas você só pode dizer se é ou não depois de um laudo médico. Nós não aceitamos dizer que “é isso”, tem que ter um laudo médico que diga que a criança tem aquela doença, deficiência. Sempre que nós temos um aluno que precisa de acompanhamento de um profissional, a escola trabalha junto. Mantemos contato com o profissional porque acreditamos que o trabalho é melhor se for feito família, escola e profissional em conjunto, todo mundo trabalhando da mesma forma por um mesmo resultado.
É percebida a evolução dos alunos?
As professoras responderiam melhor sobre a evolução das crianças, mas há sim uma melhora efetiva. A menina que tem síndrome de Down, por exemplo, tem evoluído muito bem, está na educação infantil e tem por volta de 5 ou 6 anos.
Wednesday, September 13, 2006
Música sertaneja ganha espaço na noite paulistana

Jovens da capital saem vestidos de bota, chapéu e cinto como verdadeiros peões americanos, para curtir a badalada noite da cidade.
Influências interioranas chegam á capital.A procura por casas especilizadas em sertanejo tem crescido nos últimos tempos graças à maior divulgação do gênero e a dimunição do preconceito.Desde o início, a música Sertaneja focava um público classe média urbanizado, e nos últimos tempos o estilo tem ganhado os paulistanos.
A novela América da rede Globo despertou a curiosidade de muitas pessoas que desconheciam a cultura sertaneja, o modismo conquistou muitos adeptos e aumentou o público. As festas de peão nunca tiveram tanto público, neste ano o rodeio de Barretos recebeu milhares de pessoas.
A música Caipira começou sua transformação rumo ao sertanejo a partir da incorporação de elementos latinos e norte americanos em meados da década de 40. Nos anos 80 já restilizado nos moldes da indústria Cultural, a Moda de Viola massificou-se através do sertanejo solidificado com o grande sucesso Xitãozinho & Xororó.
Os curiosos apelidados de “abelhas” em certo aspecto desagradavam os fiéis às casas especializadas no assunto, afirma Cleber Marinho Lopes, Barman do Villa Country, a casa mais famosa de São Paulo que faz shows de artistas como Bruno e Marrone e chega a receber 11.000 pessoas em uma noite, porém, muitos dessses "abelhas" se encantaram pelo estilo e tornaram-se fãs de carteirinha“o sertanejo não é uma moda, é um estilo de vida” diz Tadeu Simogini, freqüentador assíduos de casas noturnas country e dos grandes rodeios de peão.
Hoje o "caipira" está se modificando, ao invés da vida tranqüila do interior o novo "jeca" anda de pick-up e participa de rodeios, uma transfomração que não supreende no país da miscigenação.
Por Joyce Mackay e Marina Sartori
Tuesday, September 12, 2006
Subscribe to:
Posts (Atom)